quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A história de uma aprovação


Hoje, 4 de janeiro de 2012, sai um resultado importante para muitas pessoas, muito jovens que passaram 2011 de cara nos livros, estudando (ou não). Além do vestibulando, a expectativa é grande também entre pais, irmãos, familiares, amigos. Hoje, muitos darão um passo importante para dar um rumo ao próprio futuro. Neste dia lembro de quando eu passava por isso, por isso, sei bem como é a sensação.

Era o início de 2009 (não lembro o mês). Eu estava em casa com minha mãe e minha irmã. A TV ligada na TVU. Começou a divulgação. Era cada nome estranho (tenho pena dos colegas que leem). "E no próximo bloco, os aprovados no curso de Comunicação Social", disse o apresentador.

Começou o bloco, a tela azul com os nomes em branco começou. Eu estava apreensivo porque já tinha falhado no ano anterior também em Comunicação Social - Jornalismo. A TV não estava lá essas coisas, a imagem era ruim. A, B, C, D, E... chegou o F. O nome apareceu na tela: "Felipe Galdino da Costa". Nem esperei ser pronunciado. Dei logo um grito de alívio, de felicidade, de dever cumprido: "PASSEEEI!". Olhei de novo pra TV e esperei o apresentador falar só pra garantir. Era um sonho? Não, era realidade, eu tinha passado no vestibular da UFRN daquele ano.

Fui abraçado por minha mãe e minha irmã. Minha tia e um primo chegaram logo em seguida também. Ligações e mais ligações de parabéns. Mais tarde fiquei careca e mais familiares chegaram pra completar a festa. No final do dia me perguntei de novo em frente ao espelho do banheiro, vendo minha cabeça, carequinha da silva: "É um sonho?... Não besta, é realidade, pura realidade".

Fui dormir e acordei achando que realmente era um sonho (hahaha). Não era, passei a mão na cabeça e nada de cabelo. Até hoje lembro desse que foi, talvez, o dia mais feliz da minha vida. Hoje não me arrependo nem um pouco de ter escolhido tal curso. Posso até estar enganado, mas acho que estou na profissão certa.

sábado, 12 de março de 2011

Gente, vamos selecionar melhor!


Na noite de ontem, a TV Globo exibiu um especial sobre o cantor e compositor Angenor de Oliveira, o Cartola. E a justa homenagem foi muito boa, mostrando tanto a pessoa quanto o artista. Mas não estou aqui pra falar do programa da Globo.

Bem, eu acho incrível como um cara como Cartola, um gênio da música, foi tão desprezado no seu tempo. Para seu sustento, ele lavava carros quando já era conhecido nacionalmente! Como deixaram isso acontecer?

Baseado nisso me pergunto o quanto de outros bons artistas que o Brasil tem, teve ou poderia ter tido e não demos a atenção devida. Ora, se um renomado como Cartola sofreu mesmo quando já tinha músicas e músicas sendo tocadas nas rádios, sem dúvida alguém que comece agora vai sofrer mais ainda para ter seu espaço. Você já parou para pensar quantos outros Cartolas, Adonirans, Chicos (Buarques), Tom Jobim ou tantos outros artistas desta qualidade poderíamos ter visto e não vimos porque os desprezamos? (Bem, talvez eu tenha exagerado nos exemplos artísticos que dei porque esses caras são únicos, mas espero que você tenha entendido o que quis dizer, rs).

O pior é você pensar isso e ver o que temos hoje nas paradas de sucesso: bandas e cantorizinhos de meia pataca que por terem um rostinho bonito ou mais bem elaborado com maquiagem e photoshop (no caso das fotos), fazem a cabeça do pessoal, principalmente dos mais jovens, que talvez por não terem tido contato com música realmente de qualidade ouvem qualquer coisa.

Mas o que me conforta é que os verdadeiros gênios nunca morrem. Cartola, Adoniran Barbosa, Tom Jobim, Chico Buarque (que ainda está vivo e forte, quero deixar claro hein), sempre terão seu lugar no hall da fama musical porque eles encantaram (e encantam), brilharam (e brilham), fizeram e até hoje fazem muitos chorarem de emoção, ajudaram a enriquecer a cultura brasileira e até a mundial.

Já essas carinhas jovens que vemos hoje serão esquecidas em pouco tempo, como aconteceu com várias outras que passaram anteriormente sob as mesmas condições e características.

Vamos prestar mais atenção e analisar bem os cantores e compositores que estamos dando oportunidade. Para finalizar, vou dar um exemplo prático: você que gosta de rock nacional já pensou que podemos ter perdido a chance de ter um outro Legião Urbana (ou que chegue um pouco perto) para dar espaço para um Restart?

(Realmente finalizando) O maior problema não é os garotos de calça colorida fazerem sucesso, isso é mérito deles (ou do empresário), o negócio é dar chance a eles e esquecer outra banda de mais qualidade, até porque convenhamos: sem dúvida no Brasil há várias bandas melhores que os "coloridos".

Felipe, o Galdino

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Charge: Trio Assombro

Charge: Felipe Galdino



*Se não der para ver direito, no papel que o fantasma gente boa e honesta do meio segura está escrito "Reforma Política".

Felipe, o Galdino

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Extra, extra! Aberta temporada de caça aos jornalistas!

Você é jornalista? Cuidado, esse tiro pode ser pra você!

Meus amigos, a situação não está fácil para nós jornalistas (apesar de ainda não ser formado, vou me inserir no grupo). Além de contar muitas vezes com condições de trabalho inadequadas; conviver (e ter que viver) com péssimos salários; sermos profissionais desvalorizados, que é o que ocorre aqui no país e principalmente no Estado, ainda estamos sujeitos a ameaças, a insultos e, em situações extremas, a agressões físicas.

É esse último ponto que me preocupa. A questão é que estou vendo, nesta semana, uma onda de violência contra colegas no mundo todo, só aqui no Brasil foram duas situações, sendo uma no nosso RN.

Vamos a uma pequena retrospectiva: na última terça-feira, o jornalista afegão, Razaq Mamoon, foi simplesmente atacado no Afeganistão. Um maluco extremista, contrariado com os artigos políticos que o profissional vinha escrevendo, simplesmente jogou ácido no rosto dele. Felizmente não ocorreram ferimentos graves.

No Peru, o apresentador de TV Juan Vela Castro foi atacado pelo advogado Tito Vásquez, que usou uma chave de roda e ainda ameaçou de morte a vítima. O motivo do ato de selvageria: o jornalista criticou, no seu programa, o advogado. Nesta mesma semana, uma jornalista viu o muro de sua casa pichado com ameaças.

Gina Escheback, jornalista da Colômbia, também vem sofrendo ameaças por causa do seu trabalho. Seus textos sobre direitos humanos não agradam grupos paramilitares e narcotraficantes de Bogotá. "Você está se metendo com as pessoas erradas. Não siga publicando essas bobagens", dizia um bilhete de advertência recebido por Gina semana passada.

Ontem, o fotógrafo Thiago Vieira foi agredido por quatro dirigentes do Palmeiras. Ele aguardava o resultado da eleição presidencial alviverde, na sede do clube, quando postou mensagens ofensivas aos palmeirenses no Twitter. Os conselheiros não gostaram nada da "brincadeira" e expulsaram o fotógrafo a empurrões e até socos. (Realmente, não concordo com o que Thiago tuitou, ele foi infeliz, mas pior ainda foi o que os quatro palmeirenses fizeram, perderam a razão por isso).

Aqui em Natal, neste dia 18, uma equipe do Novo Jornal foi mantida por quase 15 minutos trancada numa sala recebendo insultos e ameaças de morte. Segundo Augusto Targino, o agressor, o repórter Rafael Duarte, o fotógrafo Ney Douglas e o motorista Clodoaldo Régis invadiram sua propriedade, em Macaíba, para produzirem uma notícia.

Apresentei aqui motivos suficientes para você, colega da imprensa, a partir de agora tomar precauções ao sair de casa porque parece que ao menos aqui no Brasil, está aberta a temporada de caça aos jornalistas. Cuidado pessoal!

Brincadeiras a parte, é inadmissível - e certo - que ameaças, agressões, tentativas de prejudicar o trabalho jornalístico, ainda existam em pleno Século XXI - e acredito que isso sempre existirá, infelizmente. Agora, o que não podemos é baixar as nossas cabeças e ceder aos caprichos dessas pessoas que pensam que a censura é o caminho para conseguirem seus objetivos. Devemos continuar lutando contra essa ideia, apoiando uns aos outros e fazendo manifestações.

PS: apesar de tudo, para mim, aqui no RN, a maior agressão ao jornalista é o salário lastimável de R$900,00, o menor do país! Quer tapa na cara maior que esse?

Felipe, o Galdino

informações: Portal Imprensa / ESPN Brasil / Novo Jornal
imagem: crédito na foto (site: http://www.fotocomedia.com/tag.php?tag=mira)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A luz que ilumina a escuridão... a escuridão que invade a luz

Acabei de registrar essas imagens em casa mesmo, quando houve uma queda de luz. Vi as velas, lembrei da minha câmera e puf, veio a ideia de brincar um pouco com minha imaginação. O que usei basicamente foi, como dizem mesmo?... Ah, meu feeling! Isso porque conhecimento técnico tenho pouquíssimo.

É interessante ver a fusão da luz das velas com o escuro da noite, parece que uma tenta invadir a outra.

Como disse na última exposição fotográfica aqui no Galdinolândia, qualquer crítica; sugestão; ou elogio é bem vindo.

Bem, espero que gostem das imagens.

PS: Se liguem no livro que aparece na maioria das fotos, hehe.

Crédito das fotos: Felipe Galdino













sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O ritmo tranquilo da UFRN aos fins de semana

Quando tive de fazer uma matéria para a disciplina Linguagem Jornalística este ano, ministrada pela professora Socorro Veloso, escolhi relatar como é a UFRN aos fins de semana. Passei uma manhã inteira de 11 de setembro (um sábado) lá, e escrevi sobre o que observei do ambiente, o que os personagens (estudantes e trabalhadores) que frequentam a universidade nesses dias pensam sobre acordar cedo para ir trabalhar ou estudar, qual a diferença para o resto da semana... essas coisas. (Você pode conferir essa matéria completa no www.fotec.ufrn.br/index.php/LabjoRN-Primeira-pagina/Existe-vida-na-UFRN-tambem-aos-finais-de-semana.html )

Mas não apenas escrevi. Fiz algumas fotos para compor a matéria, mas claro, não pude usar todas (apenas duas foram aproveitadas). Por isso, resolvi compartilhar com você, visitante do Galdinolândia, mais algumas das imagens que consegui naquele sábado.

Talvez tecnicamente não sejam boas fotos (já que não é minha especialidade), talvez esteja longe de ser um bom trabalho, mas mesmo assim vou posta-las aqui. Não sou muito experiente nessa de fotografar, então seria até interessante receber críticas para ver o que posso melhorar. Ah, e elogios nem preciso dizer (mas já dizendo) que são muito bem vindos também né. (hehe)

Bem, então vamos lá!

Por Felipe Galdino (todas as imagens e os textos)



No Centro de Convivência, um gato parece refletir na sua solidão
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Mesmo aos fins de semana o trabalho continua, homens e máquinas não param na UFRN
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Pessoas vagueam solitárias na imensidão tranquila da universidade
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Durante a semana os corredores do setor II ficam repletos de gente, já
aos sábados...
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Quem gosta muito desse ambiente calmo da UFRN são os pássaros

domingo, 31 de outubro de 2010

Nordeste: um tesouro nacional



Este 31 de outubro foi o dia da eleição aqui no Brasil. Na verdade, o 2º turno para presidente e para governador em alguns estados - acredito que em nove. Como sabemos, a candidata do atual presidente Lula, Dilma Rousseff, do PT, venceu José Serra, do PSDB. Mas esse não é o tema central deste artigo. Deixemos de rodeios e vamos lá.

Todos sabemos do preconceito que o Sul e Sudeste do Brasil tem com o Nordeste. O programa "A Liga", da Band, mostrou há umas duas semanas, exatamente esse sentimento. Eles fizeram até testes para provar e confesso que achei que forçaram a barra em alguns métodos usados, como no do paulista e o cearense que foram tentar um emprego numa empresa. O nordestino falava "bixinha" com a atendente a cada duas palavras ditas. Não acho que alguém que vá procurar trabalho fale assim como aquele senhor falava, eu pelo menos não falo - e sou da mesma região dele. O paulista, por exemplo, não disse uma gíria sequer, e olha que lá eles também têm, como: "véio", "firmeza". Mas em outras situações realmente foi constatado o sentimento que o povo sudestino tem como nós do Nordeste.

Já neste último dia de outubro, veio a confirmação do que a Liga trouxe a público. Veio via Twitter, logo após a eleição de Dilma. Várias declarações no microblog de, sobretudo paulistas, denegrindo e colocando a "culpa" da vitória da petista nas nossas mãos, o povo do Nordeste brasileiro.

É lamentável e inadmissível que sentimentos assim ainda existam, pois já estamos no Século XXI, já fechando sua primeira década. Estão dizendo de tudo: que votamos na candidata porque queremos esmola; que nós não servimos de nada; vamos para lá (Sudeste) só para voltar depois com o "rabinho entre as pernas"; e insultos, vários insultos.

Pois bem, vamos à aula de história: quem mesmo que fez São Paulo ser o que é agora? Mas olha só, foi o povo nordestino. Sim, meus amigos paulistas, o povo forte e guerreiro que saia e - sai - todos os dias de suas cidades, fugindo das dificuldades que realmente existem aqui, tentando escapar da seca, um grande mal que assola o Sertão, ou partindo em busca de melhores oportunidades para ajudar a família. Foram eles que levantaram os prédios que existem hoje na maior cidade do hemisfério sul do mundo, foram eles que ajudaram, e ainda ajudam, no desenvolvimento dessa grande metrópole.

Continuando a aula, vários desses artistas e intelectuais que vocês conhecem são daqui. Para começar o escritor Ariano Suassuna, autor de "O auto da Compadecida", obra que encantou todo o país (inclusive o Sudeste), é desta terra. E alguns ícones da cultura brasileira também são, como Zeca Baleiro, Alceu Valença, Caetano Veloso, Raul Seixas, Maria Bethania, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, Dorival Caimi, Lázaro Ramos, Renato Aragão, Chico Anysio, José Wilker... é melhor parar por aqui, senão daria umas 50 páginas se prosseguisse. Ah, mas aproveitando a evidência do filme Tropa de Elite (1 e 2), Wagner Moura, o tão conhecido Capitão Nascimento - e atualmente promovido a Coronel - é baiano. Todo esse pessoal que citei, vai dizer que não contribuiu para o Brasil? Escutem a música "Construção" cantada por Zé Ramalho, outro nordestino, ela conta a vida de alguém que saiu de sua terra natal aqui no Sertão para tentar a sorte na cidade grande, que no caso provavelmente é São Paulo.

E mais: não fomos exclusivamente nós do Nordeste que elegemos Dilma. Se ela dependesse só da gente, não venceria essa eleição ("nem se Jesus Cristo quisesse"). Aliás, pela informação que tenho, no próprio Sudeste Serra perdeu, então, como a "culpa" cai somente sobre nós? Acordem, o PSDB perdeu no momento em que deixou de lançar Aécio Neves para a candidatura de presidente, e escolheu o "papelfóbico" José Serra, que desde os primórdios demonstra aversão à esta região do país, ou seja, vocês acham que ele teria vantagem aqui?

Aliás, como somos chamados de burros? Por acaso não fomos nós que elegemos um deputado, um tal de Tiririca, que recebeu mais de um milhão de votos. Vocês devem conhecer, ele é um palhaço, analfabeto, e olha que interessante, é nordestino. E foi eleito em São Paulo, batendo até recordes de votos - como o mundo dá voltas. E para melhorar nossa situação política, graças à questão das coligações, os eleitores de Tiririca ajudaram a levar para o Congresso uns "cabras" - expressão bem nordestina - que estavam envolvidos no famoso escândalo do "Mensalão".

Ah, e também não é daqui um dos políticos mais corruptos do Brasil, um rapaz chamado Paulo Maluf, ele é constantemente eleito por aquelas bandas sudestinas. Mas o pior é um partido que há mais de 10 anos domina o cenário de São Paulo. Parece que apesar da poluição de lá, o povo paulista é ecológico, adora ver os tucanos voando e dominando a área, mas o pior é que não vemos esses bichos mudarem muito o cenário, não trazem tantas melhorias ao "céu" de lá.

Então, me desculpe, mas é ridículo todo esse preconceito que há. Mas ainda bem que não é todo o povo do Sudeste que tem esse pensamento arcaico, são apenas uns ignorantes que não conhecem a história do país em que vivem, e e elas só dou uma dica: estudem, peguem um livro e vão ler, ao invés de ficar pensando e tuitando besteiras. Num sebo vocês encontram livros de história e geografia por um precinho camarada, recomendo que passem muito tempo apreciando o conteúdo deles.
Deixo claro que não quero incentivar essa richa besta entre o Norte e o Sul do país. Ela não leva a absolutamente nada, pelo contrário, só evidencia algo que no Brasil não deveria haver pela diversidade de nosso povo: o racismo e o preconceito. Somos um só, cada parte desta nação tem sua importância. O Nordeste é um tesouro nacional meus amigos, assim como o Sudeste, o Sul, o Norte, e o Centro-Oeste também, são os tesouros verde-amarelo.

Felipe, o Galdino


imagem: tecnocaverna.wordpress.com