sábado, 12 de março de 2011

Gente, vamos selecionar melhor!


Na noite de ontem, a TV Globo exibiu um especial sobre o cantor e compositor Angenor de Oliveira, o Cartola. E a justa homenagem foi muito boa, mostrando tanto a pessoa quanto o artista. Mas não estou aqui pra falar do programa da Globo.

Bem, eu acho incrível como um cara como Cartola, um gênio da música, foi tão desprezado no seu tempo. Para seu sustento, ele lavava carros quando já era conhecido nacionalmente! Como deixaram isso acontecer?

Baseado nisso me pergunto o quanto de outros bons artistas que o Brasil tem, teve ou poderia ter tido e não demos a atenção devida. Ora, se um renomado como Cartola sofreu mesmo quando já tinha músicas e músicas sendo tocadas nas rádios, sem dúvida alguém que comece agora vai sofrer mais ainda para ter seu espaço. Você já parou para pensar quantos outros Cartolas, Adonirans, Chicos (Buarques), Tom Jobim ou tantos outros artistas desta qualidade poderíamos ter visto e não vimos porque os desprezamos? (Bem, talvez eu tenha exagerado nos exemplos artísticos que dei porque esses caras são únicos, mas espero que você tenha entendido o que quis dizer, rs).

O pior é você pensar isso e ver o que temos hoje nas paradas de sucesso: bandas e cantorizinhos de meia pataca que por terem um rostinho bonito ou mais bem elaborado com maquiagem e photoshop (no caso das fotos), fazem a cabeça do pessoal, principalmente dos mais jovens, que talvez por não terem tido contato com música realmente de qualidade ouvem qualquer coisa.

Mas o que me conforta é que os verdadeiros gênios nunca morrem. Cartola, Adoniran Barbosa, Tom Jobim, Chico Buarque (que ainda está vivo e forte, quero deixar claro hein), sempre terão seu lugar no hall da fama musical porque eles encantaram (e encantam), brilharam (e brilham), fizeram e até hoje fazem muitos chorarem de emoção, ajudaram a enriquecer a cultura brasileira e até a mundial.

Já essas carinhas jovens que vemos hoje serão esquecidas em pouco tempo, como aconteceu com várias outras que passaram anteriormente sob as mesmas condições e características.

Vamos prestar mais atenção e analisar bem os cantores e compositores que estamos dando oportunidade. Para finalizar, vou dar um exemplo prático: você que gosta de rock nacional já pensou que podemos ter perdido a chance de ter um outro Legião Urbana (ou que chegue um pouco perto) para dar espaço para um Restart?

(Realmente finalizando) O maior problema não é os garotos de calça colorida fazerem sucesso, isso é mérito deles (ou do empresário), o negócio é dar chance a eles e esquecer outra banda de mais qualidade, até porque convenhamos: sem dúvida no Brasil há várias bandas melhores que os "coloridos".

Felipe, o Galdino

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Charge: Trio Assombro

Charge: Felipe Galdino



*Se não der para ver direito, no papel que o fantasma gente boa e honesta do meio segura está escrito "Reforma Política".

Felipe, o Galdino

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Extra, extra! Aberta temporada de caça aos jornalistas!

Você é jornalista? Cuidado, esse tiro pode ser pra você!

Meus amigos, a situação não está fácil para nós jornalistas (apesar de ainda não ser formado, vou me inserir no grupo). Além de contar muitas vezes com condições de trabalho inadequadas; conviver (e ter que viver) com péssimos salários; sermos profissionais desvalorizados, que é o que ocorre aqui no país e principalmente no Estado, ainda estamos sujeitos a ameaças, a insultos e, em situações extremas, a agressões físicas.

É esse último ponto que me preocupa. A questão é que estou vendo, nesta semana, uma onda de violência contra colegas no mundo todo, só aqui no Brasil foram duas situações, sendo uma no nosso RN.

Vamos a uma pequena retrospectiva: na última terça-feira, o jornalista afegão, Razaq Mamoon, foi simplesmente atacado no Afeganistão. Um maluco extremista, contrariado com os artigos políticos que o profissional vinha escrevendo, simplesmente jogou ácido no rosto dele. Felizmente não ocorreram ferimentos graves.

No Peru, o apresentador de TV Juan Vela Castro foi atacado pelo advogado Tito Vásquez, que usou uma chave de roda e ainda ameaçou de morte a vítima. O motivo do ato de selvageria: o jornalista criticou, no seu programa, o advogado. Nesta mesma semana, uma jornalista viu o muro de sua casa pichado com ameaças.

Gina Escheback, jornalista da Colômbia, também vem sofrendo ameaças por causa do seu trabalho. Seus textos sobre direitos humanos não agradam grupos paramilitares e narcotraficantes de Bogotá. "Você está se metendo com as pessoas erradas. Não siga publicando essas bobagens", dizia um bilhete de advertência recebido por Gina semana passada.

Ontem, o fotógrafo Thiago Vieira foi agredido por quatro dirigentes do Palmeiras. Ele aguardava o resultado da eleição presidencial alviverde, na sede do clube, quando postou mensagens ofensivas aos palmeirenses no Twitter. Os conselheiros não gostaram nada da "brincadeira" e expulsaram o fotógrafo a empurrões e até socos. (Realmente, não concordo com o que Thiago tuitou, ele foi infeliz, mas pior ainda foi o que os quatro palmeirenses fizeram, perderam a razão por isso).

Aqui em Natal, neste dia 18, uma equipe do Novo Jornal foi mantida por quase 15 minutos trancada numa sala recebendo insultos e ameaças de morte. Segundo Augusto Targino, o agressor, o repórter Rafael Duarte, o fotógrafo Ney Douglas e o motorista Clodoaldo Régis invadiram sua propriedade, em Macaíba, para produzirem uma notícia.

Apresentei aqui motivos suficientes para você, colega da imprensa, a partir de agora tomar precauções ao sair de casa porque parece que ao menos aqui no Brasil, está aberta a temporada de caça aos jornalistas. Cuidado pessoal!

Brincadeiras a parte, é inadmissível - e certo - que ameaças, agressões, tentativas de prejudicar o trabalho jornalístico, ainda existam em pleno Século XXI - e acredito que isso sempre existirá, infelizmente. Agora, o que não podemos é baixar as nossas cabeças e ceder aos caprichos dessas pessoas que pensam que a censura é o caminho para conseguirem seus objetivos. Devemos continuar lutando contra essa ideia, apoiando uns aos outros e fazendo manifestações.

PS: apesar de tudo, para mim, aqui no RN, a maior agressão ao jornalista é o salário lastimável de R$900,00, o menor do país! Quer tapa na cara maior que esse?

Felipe, o Galdino

informações: Portal Imprensa / ESPN Brasil / Novo Jornal
imagem: crédito na foto (site: http://www.fotocomedia.com/tag.php?tag=mira)